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O câncer oral é muito recorrente na população como um todo, sendo o 5º mais comum em homens e o 12º mais comum em mulheres dentro da população brasileira. Além disso, é comprovado pela literatura que 95% dos pacientes que possuem câncer oral são tabagistas e etilistas.
Para entender um pouco mais por que o tabaco e o álcool estão diretamente relacionados ao câncer oral é necessário entender como ocorre a origem de um câncer e por que ocorre sua proliferação.
O desenvolvimento de lesões malignas ocorre a partir de uma única célula neoplásica. Entretanto a formação dessas células defeituosas em nosso organismo é algo normal de acontecer, já que o tempo todo ocorre a formação de células em nosso corpo. Por isso, possuímos nosso sistema imunológico, que tem a capacidade de reconhecer essas células estranhas, e não permite que elas se multipliquem.
Porém considerando que já exista essa célula defeituosa em nosso organismo, e o sistema imune ainda não a eliminou, pode-se ocorrer uma estimulação para o crescimento e multiplicação dessas células na região em que estão instaladas. Esse estímulo é causado pelos promotores, mais conhecidos como fatores de risco para o câncer.
Nesse momento, o tabaco se torna um importante fator de risco, já que ele possui inúmeras substâncias cancerígenas que podem funcionar como um promotor a essa célula neoplásica, como também o calor provocado pela fumaça estimula uma mudança tecidual para se proteger dos danos que podem ocorrer. Junto a isso, a ingestão de bebidas alcoólicas somada ao ato de fumar potencializa o efeito dos agentes cancerizáveis, pois o álcool promove uma desidratação da mucosa oral, e é solvente das substâncias do tabaco.
Sendo assim, somente a iniciação não é suficiente para o desenvolvimento de um tumor, já que é necessário que promotores induzam o desenvolvimento do câncer em células iniciadas. Os promotores não causam alterações do material genético, eles só proliferam uma célula que já possui uma alteração. Com isso, podemos entender que, ao retirar seus estímulos, não teremos o desenvolvimento o tumor.
*Colaboração do acadêmico de Odontologia da Faculdade São Leopoldo Mandic, João Pedro Grandini Zeferino, Turma XV. RA: 18202485.
