Coroas X Incrustrações
22 de outubro de 2019Quais os tipos de materiais usados para as incrustações e coroas totais dentais?
22 de outubro de 2019Ambos os trabalhos são realizados com a participação de um Técnico em Prótese Dental. O processo pode ocorrer da maneira tradicional com a moldagem e confecção de um modelo do elemento dental preparado pelo dentista ou de maneira digital com o escaneamento da região do elemento dental e o modelo será impresso por uma impressora 3D, o TPD pode realizar esses trabalhos de forma artesanal (queimas em forno para porcelanas ou aplicação de resinas com carga de porcelana em polimerização com luzes específicas) ou digitalmente através de programas específicos de computador e fresadoras.
A principal diferença é que para as incrustações podemos preservar as estruturas dentais remanescentes não acometidas de cáries ou fraturas, onde o esmalte dental (tecido externo do dente) tenha suporte de dentina (tecido dental mais interno que faz o “acolchoado” para o esmalte).
Normalmente se realiza incrustações em dentes com e sem tratamento de canal devolvendo a anatomia e a harmonização de cores para cada região da boca.
As coroas são realizadas na maioria das vezes em dentes vivos com pelo menos 30% visual da coroa remanescente e raiz sadia ou que perderam totalmente os tecidos dentais da coroa e necessitaram de tratamento endodôntico (de canal). Esta é uma decisão individualizada à anatomia de cada dente e à proximidade da polpa dental onde se nota a presença clínica ou não de dor. É uma tomada de decisão conjunta entre dentista e paciente.
Minha conduta é que sempre que for possível a melhor escolha é não tratar o canal do dente para coroas mesmo sabendo que com o passar dos anos pode aparecer alterações pulpares e ser necessário a troca das mesmas. Isso se define porque a vitalidade dental gera uma provável maior longevidade com um pequeno risco biológico. Quando realizamos o tratamento de canal, o dente fica mais friável e com maior probabilidade de fraturas e não há mais como reverter a decisão.
Concluirei este texto afirmando que a longevidade de cada trabalho protético depende dos cuidados individualizados de cada paciente e da vigília de retornos ao consultório para avaliações clinicas e radiográficas do tratamento realizado, pois trabalhamos com uma lei da física que nos afirma que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço; então, biologicamente, todos os materiais usados em odontologia são possíveis restauradores, mas temos que tomar cuidado com as bactérias que colonizam nossa boca porque podem causar as famosas infiltrações e cáries que inutilizam estes trabalhos protéticos.